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PROPOSTA CDU – COMISSÃO DE AMBIENTE

Erva-das-pampas (Cortaderia selloana)
Na fotografia: Erva-das-pampas (Cortaderia selloana)

Os eleitos da CDU entendem alertar a população para um problema ambiental e ecológico que a todos deve preocupar e que passamos a apresentar :

Em Sintra, e em pleno Parque Natural, são diversas as espécies invasoras, animais e plantas, que constituem sérias ameaças à conservação da natureza, à economia local e mesmo à saúde humana. Pela rapidez com que colonizaram e dominaram grandes áreas no concelho, damos como exemplo as acácias, o chorão-das-praias e a erva-das-pampas. Nos últimos anos, pudemos constatar a elevada capacidade de proliferação da erva-das-pampas (Cortaderia selloana) nalgumas encostas da serra de Sintra, nos baldios e campos incultos da zona rural e nas vias rápidas de acesso ao concelho, a IC19 e a A16.

Tal como a maioria das plantas invasoras, a erva-das-pampas aproveita a abertura de clareiras, a falta de coberto vegetal e o abandono dos terrenos para se instalar e proliferar. As limpezas de bermas de estrada e de taludes com a remoção de todo o coberto vegetal pode assim potenciar a proliferação destas espécies, pelo que a limpeza deve ser seletiva e deixar, sempre que possível, espécies espontâneas da nossa flora autóctone (nativa) ou espécies sem caráter invasor. A Câmara Municipal de Sintra, o ICNF e a Parques de Sintra têm desenvolvido ações de prevenção e de controlo de espécies invasoras, envolvendo associações e escolas.

Mas o controle de espécies invasoras só terá sucesso com o envolvimento de toda a população, pelo que é necessário investir em campanhas de sensibilização sobre esta temática, nomeadamente alertando para pequenos cuidados que todos devemos ter. Escolhermos sempre que possível plantas autóctones para o jardim ou certificarmo nos que as plantas exóticas que queremos plantar não constam da lista de plantas invasoras. Na manutenção dos nossos espaços verdes e no controlo de plantas invasoras, garantir que não estamos a contribuir para a sua disseminação, favorecendo a dispersão das sementes ou de pequenos fragmentos da planta, no caso das que se propagam vegetativamente.

Não largar animais de estimação exóticos (aves, peixes, répteis, mamíferos) na natureza, porque não sabemos com quem vão competir por abrigo ou por comida, pelo que, inadvertidamente, podemos estar a contribuir para a destruição de populações nativas de outras espécies.

Para estudar formas de ação na área da prevenção e controlo de espécies invasoras, mas também noutras áreas do ambiente, os eleitos da CDU apresentaram uma moção para a criação de uma comissão de ambiente na União de Freguesias de Sintra, moção que foi aprovada em Assembleia, e que está prestes a ser constituída.

Várias entidades desenvolvem atividades de formação, divulgação e/ou de controle de espécies invasoras, onde todos podemos participar.

Deixamos aqui a referência a duas: a Plantar 1 árvore ( Home – Plantar Uma Árvore (plantarumaarvore.org)) e a plataforma Invasoras.pt (Homepage | Plantas Invasoras em Portugal).”

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