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Santa Maria e São Miguel é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Sintra, com 11,53 km² de área e 9 364 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 812,1 hab/km². Tem por oragos Santa Maria e São Miguel.
Em 2013, no âmbito da reforma administrativa foi anexada às freguesias de São Martinho e São Pedro de Penaferrim, criando-se a União de Freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim).
Património
- Igreja de Santa Maria
- Villa romana de Abóbodas
- Antiga Cadeia Comarcã de Sintra
- Quinta dos Ribafrias
- Quinta de São Sebastião, capela, casa e edifícios de apoio
- Ermida de Santo Amaro
(in Wikipedia)
Santa Maria e São Miguel são dois núcleos urbanos de Sintra que correspondem aos dois primitivos pontos de fixação dos cristãos após a reconquista. Hoje reunidos numa só freguesia, tem origem remota numa pequena ermida, mandada construir por D. Afonso Henriques, logo após ter tomado posse do Castelo dos Mouros, em 1147.
Passou a ser um modesto lugar, habitado por pouca gente o que levou o nosso primeiro Rei a tomar medidas de incentivo à vinda e à fixação de outros moradores. Foi para radicar aqui novas famílias de colonos que assinou uma Carta de Foral, no ano de 1154.
Sabe-se que 100 anos depois desta fundação, um dos priores de Santa Maria já achou a ermida demasiado escassa, tendo mandado erguer um outro templo “de grande fábrica e de notáveis primores arquitectónicos”.
Tão boa fábrica tinha que durou até ao século XVIII e só o terramoto a deitou por terra. Em apenas um século, os moradores já tinha igreja nova e até uma rica Colegiada. Com o tempo, a paróquia passou para a gestão da Casa das Rainhas, até ser doada à Ordem de Cristo por D. Afonso V. A pouca distância ficava uma outra igreja, também muito antiga e dedicada a São Miguel. Delas restam ainda alguns vestígios integrados na casa que serve agora de sede aos serviços florestais. Depois do terramoto de 1755, São Miguel passou a andar ligado a Santa Maria.
Quanto à Igreja de Santa Maria, reconstruída após o terramoto e já restaurada, é um monumento nacional integrado na Vila de Sintra e na área classificada como Património da Humanidade.
A Freguesia engloba os bairros da Estefânea, da Portela, Monte-Santos e Lourel, bem como as povoações rurais de Cabriz, Ral e Campo Raso.
A Estefânea é o centro urbano da freguesia, mas também foi uma zona essencialmente rural até finais do século XIX. Com o advento das comunicações ferroviárias de ligação a Lisboa, no reinado de D. Luís, iniciou-se um processo de alastramento urbano que associava a função residência à instalação de serviços publico e privados, à implantação do comércio e de actividades socioculturais e desportivas. Emergiu assim, como núcleo urbano periférico ao centro histórico propriamente dito.
Quanto à Portela, também inicialmente ocupada por espaços rurais, só a partir dos anos 30 e 40 iniciou a passagem a zona residencial, sendo atualmente uma área preferencial para a instalação de serviços.
Ainda em relação ao Património, são muitos os motivos de interesse e a visitar, como é o caso da já falada Igreja de Santa Maria, monumento nacional; os Paços do Concelho do Arquitecto Adães Bermudes; algumas Quintas de Lazer como são o caso da Quinta dos Lagos ou a Quinta dos Ribafrias; o antigo Casino de Sintra, agora o Sintra-Museu de Arte Moderna; o Centro Cultural Olga do Cadaval; a Casa de Teatro de Sintra; a antiga Casa Mantero, agora Biblioteca Municipal de Sintra; a antiga Prisão de Sintra.